domingo, 10 de agosto de 2014

Tradição


Vai ver que também sou tradicional. Caipirinha boa mesmo é açúcar, gelo, limão e cachaça. Essa história de morango e saquê pode até ser bom, mas, cá entre nós, é meio sonsa... (E quando o garçom pergunta se você quer com adoçante? Não consigo não dar risada...)

Mas bem que tudo pode ser melhorado: as caipirinhas aqui da praia despertaram minha vontade de voltar ao Dita Cabrita para tomar a caipirinha que vem com um pauzinho de cana como mexedor, ah que delícia...

Moral da história: já estou com saudade de casa...

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Doçura mineira


Na quarta placa anunciando o tradicional e legítimo rocambole de Lagoa Dourada, ele começou a ficar inquieto. Que prazer inesperado: sem planejar, estávamos atravessando a capital brasileira do rocambole! E as placas não cessavam - propaganda é tudo. Claro que ele parou e comprou um tradicional e legítimo rocambole de Lagoa Dourada, enorme, entregue pelas mãos da própria confeiteira, que faz apenas seis deles por dia, realmente artesanais - não é como esses das grandes padarias que fazem dezenas de rocamboles diários, sem personalidade, para vender aos ônibus de excursão (isso mesmo: ônibus de excursão param em Lagoa Dourada para que os turistas comprem rocamboles). De goiabada, que ele é um homem tradicional, como o rocambole. Nada de chocolate e baunilha.

Quando chegamos a Belo Horizonte, na casa dos nossos amigos, o rocambole foi devorado em instantes por todo mundo, menos eu, que achei que o quitute tinha muito gosto de, bem, de açúcar... Afinal, era uma massa doce, recheada com uma geleia doce, e recoberta por uma camada de açúcar peneirado.

Agora, olha essa em Tiradentes. Hora de almoço. Entramos num café modernete eco-natureba-gourmet. Ali me serviram uma saladinha de cevada que foi uma das coisas mais bem temperadas que já provei na vida. Peço uma água com limão espremido e gelo, já que uma cerveja me desmontaria pelo resto da tarde e o calor e a ladeira bem combinavam com um limãozinho refrescante. Vem um copo lindo, de vidro grosso colorido, com um cheiro enjoado. Bebo, e nada da refrescância do limão. Peço mais limão. Piora. Demoro séculos para entender que não me trouxeram limão espremido, mas um xarope de limão cheeeeio de açúcar! Pode?!

Mas devo dizer que o café tem sido sempre bom, e pelo menos até agora ninguém me ofereceu café adoçado...