Ele colocava fatias de bacon direto sobre a chapa do fogão a lenha, e nada nunca foi melhor que bacon. Banana da terra com canela chega perto. Mingau de aveia não...
Foi ele que me ensinou a fazer arroz.
Era com ele o mar. Mesmo caçoando da nossa frescura, levava a gente no colo até depois das algas. E uma vez teve medo de sermos levados pela correnteza. Não percebi o medo enquanto ele nos tirava dali, encoberto pelo habitual autocontrole.
Minha música é toda ele.
Eu era acordada no sábado de manhã com a casa preenchida por Luís Gonzaga, e até hoje lá em casa Luís respeita Januário.
Eu não fui preparada para o gosto musical da FFLCH pela escola meio intelectual meio de esquerda que nunca frequentei, mas por ele próprio, que me mostrou os mesmos poucos discos de Chico Caetano Betânia Vinícius e me ensinou pessoalmente que cálice era cale-se.
Se não fosse por você, eu não poderia correr no parque chorando com Duda no frevo, após o primeiro turno, para pensar nas eleições e um pouco amargar nossos votos antípodas.
Apesar de mim e de você, você está em mim e eu em você.
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